Por: Dr. Marcus Todesco – Sócio-Diretor
Ter um médico de confiança, aquele que sempre procuramos antes de qualquer coisa, é fundamental. Este tipo de relação entre médico e paciente pode solucionar entre 80% a 85% dos problemas apresentados pelo paciente no dia a dia, segundo dados da AMFAC-RJ. Isso acontece devido ao conhecimento do seu histórico e evolução de seu quadro de saúde.
O profissional irá auxiliar no desenvolvimento de hábitos mais saudáveis, além de proporcionar condutas mais assertivas.
O médico de família, por exemplo, é um profissional capacitado que pode lhe acompanhar durante toda a vida. Conhecendo o histórico pessoal de cada paciente e atuando com foco em prevenção. Tem foco na longitudinalidade, isto é, durante as diversas fases de nossas vidas.
Outro médico habilitado para realizar este tipo de acompanhamento é o clínico geral. São especialistas em clínica médica e, por isso, têm uma visão ampla e global dos cuidados. Desde os preventivos, orientações sobre estilo de vida, investigação de sintomas e diagnóstico. Sempre com uma avaliação profunda e um olhar voltado às esferas física, social e psicológica.
Estabelecer uma relação de confiança com um médico traz diversos benefícios ao paciente, promovendo o bem-estar e aumentando a qualidade de vida. Por isso, é fundamental ter um médico para chamar de seu, de fácil acesso, sempre que você precisar. É sempre a primeira opinião a ser ouvida, para uma melhor avaliação do seu caso, realizando o encaminhamento mais assertivo para outras especialidades, quando necessário.
Entre as principais vantagens em ter um médico de confiança são:
– Atendimento por alguém que conhece bem seu histórico de saúde;
– Confere mais confiança na relação entre as partes;
– Evita solicitações de exames desnecessários;
– Contribui para diagnósticos mais precisos.
Ao estabelecer um médico de confiança com alto conhecimento sobre você, cresce consideravelmente suas garantias. Ele irá saber detalhadamente as situações de saúde que você já enfrentou e como respondeu a cada uma delas.
Atualmente, muitos pacientes acabam escolhendo, por conta própria, qual especialista irão se consultar, aumentando consideravelmente as chances de erro. Esta atitude faz com que as pessoas consultem diversos médicos, muitas vezes sem um diagnóstico assertivo e pior, na maioria das vezes perdendo um tempo valioso em ter uma solução.
Além disso, o médico de referência pode auxiliar no uso correto do Pronto Socorro, realizando uma triagem por telefone, por exemplo, antes de encaminhar ao hospital. Pois, geralmente, as pessoas buscam este tipo de atendimento em momentos que não são necessários, por ser mais rápido e não precisar de agendamento.
Entretanto, o PS deve ficar para casos de urgência e emergência, onde a conduta é de aliviar o sofrimento e tratar o risco de vida. Neste caso, o plantonista não fará uma busca do histórico do paciente, tão pouco conhecerá suas condições de saúde.
Em um artigo anterior, falei um pouco sobre o uso sustentável e consciente do Plano de Saúde. E claro, entre essas ações está ter um médico de confiança para chamar de seu.